terça-feira, 3 de novembro de 2020

Os melhores projetos literários do Catarse (Novembro 2020)

Continuando com nosso artigo mensal de divulgar os projetos literários mais promissores em financiamento no Catarse.

Esse mês eu trago a vocês algumas opções bastante diferenciadas que vai de uma fantasia urbana com Sherlock Holmes até os terrores de Belém, da jornada de autodescoberta de uma jovem escritora até um romance no Nordeste do século XVIII. Estamos regados de ótimas opções de literatura nacional.


1 - As Máscaras de Holmes, de Alec Silva



Imagine uma história em que o famoso detetive Sherlock Holmes está investigando um crime cometido por um dos homens sem rosto das crônicas de gelo e fogo, adicione a isso um submundo repleto de lobisomens, vampiros e sociedades secretas. Talvez agora você consiga imaginar do que se trata essa obra de Alec Silva.


Em um mundo unido a outro através de uma fenda conhecida como Oceano Abissal, Holmes e seu fiel amigo Charles Watson investigam as ações de um criminoso peculiar: o Ladrão de Faces Alheias, que se apossa dos rostos de suas vítimas para executar algum plano perverso.

Em um jogo de aparências e pistas falsas, a dupla se envolverá em uma trama que poderá desencadear uma guerra civil entre vampiros e lobisomens, além de trazer à tona os segredos mais obscuros guardados por uma estimada sociedade de alquimistas. Mas, conforme avançam no caso, descobrem que nem tudo pode ser como acreditavam.

 

"As Máscaras de Holmes" é uma releitura do personagem clássico Sherlock Holmes, criado por Sir. Arthur Conan Doyle, inserida em uma história de fantasia urbana, em uma realidade alternativa.

Alec Silva é um escritor baiano independente que publica contos, poesias, novelas, romances e ensaios sobre mitologia e simbologia na cultura pop na Amazon. Alec também é co-fundador do projeto Primórdios do Fantástico Brasileiro, que resgata os primeiros trabalhos de literatura fantástica no Brasil, além de divulgar autores menos conhecidos.

Você pode apoiar "As Máscaras de Holmes, de Alec Silva" através desse LINK.


2 - Adágios para Käthe Kollwitz


Quando encontrei esse projeto me surgiram duas grandes questões na cabeça, quem é Käthe Kollwitz? O que significa Adágio? (Sim, eu não sabia o que significava) Então eu fui pesquisar:

Käthe Kollwitz foi uma importante desenhista, pintora, gravurista e escultora alemã, cuja obra reflete uma eloquente visão das condições humanas na primeira metade do século XX. Com traços de Naturalismo e Expressionismo, Kollwitz traz a classe operária, fome, guerra e pobreza como temas recorrentes em seu trabalho.

Adágio é um andamento musical lento e muito usado nas cenas onde a dramaticidade se faz necessária, onde a valorização dos detalhes e das sensações mais básicas se espalham. Imagine se uma imagem falasse mais do que mil palavras, mas falasse apenas o fundamental para emocionar e levar você ao desassossego. 


Resumindo, Adágios para Käthe Kollwitz me vem a mente como uma obra que remete a melancolia, um livro vem para doer e ficar retido na memória por muito tempo.


São dez histórias e dez ilustrações. As ilustrações abrem cada conto, servem como base para o enredo e trazem um mergulho profundo nas sensações. Cada conto veio ao mundo a partir da inspiração nascida em observar os detalhes da ilustração escolhida, porém, não apenas isso; os contos brotaram da dor. Sem um gênero definitivo, cada autor escolheu o próprio caminho, ora mergulhando no gótico, ora usando aqui e acolá do Horror e do Terror, ora descrevendo a realidade cotidiana, ora apenas deixando fluir a loucura. São histórias fortes, para estômagos fortes, capazes de revirar o interior dos leitores.

 

Você pode apoiar "Adágios para Käthe Kollwitz" através desse LINK.


3 - Belém das Sombras


Belém das sombras é uma série antológica ficcional onde, através de contos de terror e horror, retrata simbolicamente os medos e angústias do belenense, um ser urbano, em uma cidade que engoliu a floresta, mas que continua cercado por ela. E neste conflito perene ecológico, de costumes entre o antrópico e o natural, tentamos sobreviver em uma das realidades mais violentas do mundo.

Todos os contos foram escritos por autores locais, em todas as vozes e representatividades possíveis. Criadores talentosos do teatro, do audiovisual, da literatura tradicional e periférica, palavras de luta e de gênero, todos se unem em uma só voz: a da literatura brasileira escrita por paraenses.


Belém das sombras não é o sol do meio-dia, aquele que nos queima em nossas correrias enlouquecidas da rotina. Belém das sombras é o sol do fim da tarde, que já projeta o escuro e, nele, criaturas ansiosas para sair e nos atormentar.

Tudo que você ouviu sobre Belém é verdade. E o que não ouviu também. A Belém das sombras te espera; esqueça tudo que você acha que sabe sobre nossa cidade e permita-se o desafio de encontrar as verdades ocultas desta antiga e assustadora metrópole sobrenatural.


Cada conto encerra uma narrativa, sempre conectada a uma origem comum, onde seres sobrenaturais influenciam comportamentos e direcionam situações extremas. Em cada história há um espelho que reflete o leitor e a nossa realidade.

Você pode apoiar "Belém das Sombras" através desse LINK.


4 - O Lago Negro, de Juliana Daglio



O Lago Negro não é realmente uma novidade, a história criada pela autora nacional Juliana Daglio já havia sido publicada em 2015 e foi um enorme sucesso na época, rendendo duas continuações. Agora a autora pretende relançar toda a série, com as obras agora impressas numa linda versão de colecionador. Embora seja um livro já publicado anteriormente, você pode estar lendo isso sem fazer ideia do que se trata, então vamos à sinopse.


Lagoana é uma cidade nebulosa, úmida, cujo clima obscuro não despertará somente a criatividade da escritora Verônica, mas também seus fantasmas mais profundos. Quando ela conhece o estrangeiro Liam, não desconfia que ele mantém segredos que podem ser a chave para os mistérios que a rondaram durante toda sua vida. Assim, o lago negro de sua imaginação será, definitivamente, o estopim para toda sua loucura emergir. O que será que ele esconde no fundo de suas águas escuras?


Nessa nova versão de O Lago Negro a narrativa está diferente. Juliana reescreveu o livro seguindo algumas críticas construtivas, principalmente ressaltando alguns furos na história, termos em inglês que estavam errados, e outros probleminhas de enredo. Os diálogos estão mais afiados, algumas cenas mais apimentadas e a revisão foi toda refeita. Quem já conhece a história vai mergulhar de novo no lago e ter uma nova experiência. Quem ainda não conhece, vai poder encontrar um texto mais maduro e coeso. Ele passou por toda a preparação da Increasy, e com certeza está em sua melhor versão.

Você pode apoiar "O Lago Negro, de Juliana Daglio" através desse LINK.


5 - Uma das Coisas, de Débora Gil Pantaleão


Débora Gil Pantaleão é escritora, professora, editora na Escaleras e doutoranda em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Suas obras mais conhecidas são: Se eu tivesse alma (2015), Vão remédio para tanta mágoa (2017), sozinha no cais deserto (2018) e objeto ar (2018); 2 novelas, Causa morte (2017) e repito coisas que não lembro (2019); e 1 livro de contos, Nem uma vez uma voz humana (2017); entretanto é em Uma das Coisas que ela faz sua estreia como romancista.


Betina é uma menina de 13 anos que recebe de sua professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira a missão de realizar o seguinte trabalho escolar: escrever um romance. Transitando por espaços no estado da Paraíba, especialmente nas cidades de João Pessoa, Ibiara e Baía da Traição, a narrativa, ao perpassar o processo de escrita da protagonista, que decide escrever sobre a sua avó, vai desvelando seus questionamentos em torno de política, veganismo, racismo, gênero, classe, bem como sobre a história das mulheres da família e suas ancestralidades.

  

Débora Gil Pantaleão é uma autora que transmite brilho através de sua prosa e que possui quatro pontos cardeais aos quais se pode destacar: vegana, preta, feminista e anticapitalista. Todas essas características estão constantemente presentes em suas obras, o que imprime nelas uma marca pessoal da autora, e que vai além das qualidades que a tornam uma ótima escritora.

Você pode apoiar "Uma das Coisas, de Débora Gil Pantaleão" através desse LINK.


6 - Salomé, de Iaranda Barbosa

Cite quatro mulheres (escritoras, músicas ou poetas) que evocam o Recife em suas obras. Se mudássemos o gênero para o masculino, a velocidade da resposta seria infinitamente maior e a lista seria imensa. Prova disso é o circuito da poesia, que faz parte do roteiro cultural da cidade. Ele possui 16 estátuas e apenas duas são em homenagem a mulheres (Clarice Lispector e Celina de Holanda Cavalcanti). E quando falamos de escritoras e poetas negras a representatividade é nula entre esses monumentos. Mas se rios, manguezais, mocambos, pontes e sobrados são cenários que também nos inspiram, por que as mulheres estão invisibilizadas?

Uma das respostas é que devemos compreender que as barreiras existem, mas que precisamos atravessá-las provocando brechas, pois como diz a escritora Conceição Evaristo:

“O que nós conquistamos não foi porque a sociedade abriu a porta, mas porque forçamos a passagem”.

Iaranda Barbosa é escritora, crítica literária, professora Português/Espanhol, mestre e doutora (Teoria Literária-UFPE). Iaranda já possui textos publicados em inúmeras revistas e antologias, Salomé é sua primeira narrativa longa.


Salomé é uma novela histórica cujo pano de fundo é a sociedade recifense de 1850, na qual Felipe Alencar Paes, escravocrata e conservador, é um poeta fracassado que busca a todo custo encontrar a principal inspiração para os seus versos: a mulher amada, ou melhor, a morte da mulher amada. Ele se depara com Leila Marinho Nunes Gomes de Sá. Ela é filha de um senhor de engenho e acaba de chegar da França com pensamentos revolucionários, entre eles, a abolição. O que esse encontro representará para ambos?

Literatura e história movimentam a trama dessa obra híbrida onde personagens reais e fictícios vivenciam um período de grande efervescência social, constituído por afrancesamentos da urbe, ideais de progresso, escravidão, insurgências e reformas estruturais e administrativas. Tais características fomentam o trânsito entre o Recife oitocentista e o Recife contemporâneo, que se confundem, quando lançamos o olhar para os problemas crônicos da cidade.


Você pode apoiar "Salomé, de Iaranda Barbosa" através desse LINK.


7 - Saga de Datahriun, de Graciele Ruiz 



Para finalizar temos um projeto que, na verdade, é uma dobradinha, mas pode ser uma trilogia. A Saga Datahriun fala sobre um universo fantástico em risco. São sois livros de tirar o fôlego de qualquer leitor.

Centenas de anos atrás, um poder desconhecido foi encontrado nas montanhas de Taon, dentro de uma caixa de ouro reluzente, de brilho indescritível. Inscrições em uma língua desconhecida circundavam a tampa, simples e enigmática. Cinco chaves foram encontradas três dias depois, não muito longe do lugar onde o objeto estava. As pessoas que as encontraram decidiram abri-la e nunca mais se ouviu falar delas.

Eu poderia explanar muito mais sobre essas duas as obras, mas será melhor ouvir da boca da própria autora:




O Senhor da Luz

ATÉ ONDE SUAS ASAS PODEM LEVÁ-LA PARA ALCANÇAR A LUZ?

Lícia está sozinha desde que o avô morreu, deixando uma chave e um pedido. Ela precisa reunir as cinco chaves capazes de abrir uma caixa muito poderosa e trazer de volta o equilíbrio para Datahriun. Somente com as chaves e seus guardiões unidos ela poderá atender o último desejo de seu avô, fazendo o que ninguém havia feito antes.

Só que não será fácil atravessar um mundo repleto de criaturas poderosas, com potencial infinito para o bem e para o mal. Forças maiores do que ela pode imaginar estão interessadas em Lícia, algumas para ajudá-la. Outras, só querem destruí-la.

Batalhas terríveis, amores impossíveis e grandes amizades estão no caminho de Lícia em sua jornada de sonhos e perseverança. O destino de um mundo inteiro está em suas mãos. Tudo depende de seu sucesso em uma saga insana pela recuperação de Datahriun.

Um lugar onde a magia é somente o começo!

A Arqueira do Vento

PARA SALVAR SEU MUNDO, VOCÊ ULTRAPASSARIA TODOS OS LIMITES?

A jornada de Lícia por Datahriun continua e ela não está mais sozinha. Ainda bem, pois a Feiticeira de Trayena continuará manipulando e usando os seres de Datahriun para atrapalhar a jovem e seus companheiros. E está cada vez mais perto de conseguir.

Quando finalmente chegam ao clã da água em busca de um guardião, descobrem que não será uma tarefa simples e até os deuses serão invocados para auxiliá-los. Os desafios serão cada vez maiores e um segredo que pode mudar tudo será revelado.

Poderes fantásticos, lutas cruéis e romances inesperados surgem na continuação dessa jornada intensa para a recuperação de um mundo. Novos inimigos e aliados surgem para tornar tudo mais intenso.

O sonho ainda resiste, lute por Datahriun!


A autora Graciele Ruiz nasceu em Campinas (SP). Apaixonada por livros e bibliotecas, sempre foi uma sonhadora criadora de mundos utópicos. Como autora, escreveu, além da Saga Datahriun , o romance Antes de Outubro. Organizou as coletâneas Sereias: Encantos e Perigos e Unicórnio: a Outra Dimensão, com a participação de outros autores. Formada em Ciências Econômicas e pós-graduada em Gestão, Empreendedorismo e Marketing , sua atual aventura é viver no Canadá.

Você pode apoiar "A Saga de Datahriun, de Graciele Ruiz " através desse LINK.

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