sábado, 11 de julho de 2020

Grandes Escritores e suas Grandes Obras (Parte 8) - Paulo Coelho & O Alquimista



Considerado um dos maiores escritores da atualidade, Paulo Coelho é também simplesmente o escritor brasileiro que mais vendeu livros no mundo em todos os tempos.

E em grande parte isso deve-se a pelo menos dois de seus livros: O Diário de um Mago e O Alquimista, que são, sem sombra de dúvidas, duas verdadeiras obras-primas para quem procura entender um pouco mais sobre a vida de um modo profundo.

Portanto, nas próximas linhas, nós vamos falar de um destes dois livros, O Alquimista, que foi publicado originalmente no ano de 1988, e que colocou o autor brasileiro dentro do hall dos maiores vendedores de livros do mundo.


Um jovem pastor andaluz passa a ter sonhos recorrentes que acredita serem proféticos. Decidido a descobrir sobre o que se tratam, vai a uma cidade próxima consultar uma adivinha romani, que confirma a profecia e aponta um tesouro nas Pirâmides do Egito. Ao começar sua jornada, encontra um velho rei chamado Melquisedeque, que o convence a vender suas ovelhas e sair em uma jornada em busca do tesouro de seus sonhos e de sua Lenda Pessoal.




Em O Alquimista, Paulo Coelho simplesmente nos apresenta todo o seu arsenal de conhecimento sobre os mais variados assuntos pertinentes ao esoterismo, ao misticismo e à espiritualidade.

É possível enxergar simbolismos presentes em praticamente todas as linhas, e a viagem leva o personagem anônimo a se deparar com pirâmides, com paisagens incríveis e com imagens extremamente carregadas de significado.

E há uma mensagem poderosa em todas as linhas deste livro, que aponta para a necessidade de se compreender o real significado da vida, que não está presente nas coisas materiais e supérfluas, mas sim na alquimia, que nada mais é do que a fonte de vida.

A alquimia da vida é a mais poderosa que há, pois ela move sentimentos e pensamentos, desejos e necessidades, e aponta para a possibilidade de se tornar realidade praticamente todos os sonhos partindo do princípio de que tudo que pedimos para o universo nos será dado na mesma medida.

Coelho apresenta neste livro simbólico e cheio de reflexões, uma noção importante que deve ser entendida por todas as pessoas: a de que nesta vida, nada de mais belo há para ser observado do que a própria vida.

“Quando você quer algo, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo.”

Sinopse do Livro


O alquimista segue a jornada de um pastor andaluz chamado Santiago. Acreditando em um sonho recorrente de ser profético, ele decide viajar para uma adivinha Romani em uma cidade próxima para descobrir seu significado. A mulher interpreta o sonho como uma profecia dizendo ao menino que há um tesouro nas pirâmides no Egito.

No início da jornada, ele encontra um velho rei chamado Melquisedeque, que lhe manda vender as ovelhas para viajar ao Egito e introduz a ideia de uma Lenda Pessoal.

Sua Lenda Pessoal é o que você sempre quis realizar. Todos, quando são jovens, sabem o que é a sua "Lenda Pessoal". Ele acrescenta que "quando você quer algo, todo o universo conspira para ajudá-lo a alcançá-lo. Este é o tema central do livro.

Ao longo do caminho, o menino encontra um inglês que veio em busca de um Alquimista e continua suas viagens com ele. Eles viajam pelo Saara e durante sua viagem, Santiago se encontra e se apaixona por uma bela mulher árabe chamada Fátima, que reside com seu clã perto de um oásis. Ele pede a Fátima para se casar com ele, mas ela diz que só vai casar com ele depois que ele completar sua jornada e encontrar seus tesouros. Ele fica perplexo com isso, mas depois descobre que o verdadeiro amor não vai parar nem implorar para sacrificar a sua Lenda Pessoal, e se isso acontecer, não é amor verdadeiro.

O menino então encontra um alquimista que também o ensina sobre Lendas Pessoais. Ele diz que as pessoas querem encontrar apenas o tesouro de suas Lendas Pessoais, mas não a própria Lenda Pessoal. O menino se sente inseguro sobre si mesmo enquanto escuta os ensinamentos do alquimista. O alquimista afirma: "Aqueles que não entenderem suas Lendas Pessoais não conseguirão compreender seus ensinamentos". É também afirmado que o tesouro é mais digno do que o ouro. O tema principal recorre através do romance, "Quando uma pessoa realmente deseja alguma coisa, todo o universo conspira para ajudar essa pessoa a realizar seu sonho".


O conceito central do texto e que muitas vezes leva o livro a ser classificado como uma obra de auto-ajuda, a “Lenda Pessoal” seria de acordo com a narrativa, aquilo que a pessoa sempre quis conquistar, que quando uma pessoa realmente deseja, todo o universo conspira para que seja conquistado. E não, não é spoiler, isso é dito a primeira vez logo no comecinho e repetido várias vezes até o fim da história.

“Onde estiver seu tesouro, ali estará também o seu coração.”

O Alquimista é uma narrativa curta e escrita em linguagem simples, é fácil se entender o apelo, a leitura flui com facilidade e a história é bem gostosa de ler. As mensagens de buscar autoconhecimento e de acreditar nos seus desejos são positivas e a jornada de Santiago é divertida. 

Em outras palavras: Paulo Coelho não escreve para eruditos ou pessoas interessadas em redescobrir a pólvora. Talvez esse seja o grande motivo por trás dos ataques sistemáticos que recebe de críticos literários que ganham a vida encontrando defeitos onde eles, muitas vezes, não existem.      

É surpreendente o modo como o autor consegue compor o enredo a partir de uma condensação – não necessariamente simplificada, diga-se de passagem - do simbolismo alquímico-hermético, presente desde o início na jornada do pastor Santiago em direção ao descobrimento de um suposto tesouro escondido nas Pirâmides do Egito.

Óbvio que se você pega 'O Alquimista' para ler já tendo adquirido alguma familiaridade com o estudo teórico da alquimia propriamente dita, os símbolos espalhados pela obra e a importância de cada personagem na arquitetura da história tornar-se-ão mais facilmente identificáveis e a trama soará menos como um livro de autoajuda e mais como um incentivo pessoal.


Paulo Coelho



Paulo Coelho de Souza (Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1947) é um escritor, letrista e jornalista brasileiro. Ocupa a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras. Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1947, filho de Lygia Araripe com Pedro Paulo Queima Coelho de Souza. É descendente de Bárbara de Alencar, avó do também escritor José de Alencar e uma das líderes da Revolução Pernambucana. Oriundo de uma família de classe alta, Paulo Coelho ingressou aos 7 anos no tradicional Colégio Santo Inácio em sua cidade natal, então capital do Brasil.

Desde cedo escrevia e mantinha um diário. Participava de concursos de poesia e cursos de teatro mas seu pai queria que ele fosse engenheiro e sua mãe o desestimulava a seguir a carreira de escritor. Brigas com os pais eram constantes e ele sofreu crises de depressão e raiva na adolescência, sendo internado três vezes em uma clínica de repouso, onde foi tratado por psicólogos.


Na década de 1960, entra para o mundo do teatro, como diretor e ator, criando peças voltadas ao teatro experimental e de vanguarda, mas obtendo pouca expressividade. No início da década seguinte, em 1970, Paulo entra de cabeça no movimento hippie, ao mesmo tempo em que conhece o mundo das drogas e do ocultismo, incluindo o chamado Caminho da Mão Esquerda. 

Profissionalmente, além de diretor e ator teatral, exerce também a função de jornalista em publicações alternativas com as revistas "A Pomba" e "2001", quando, em 1972, conhece Raul Seixas, então executivo da gravadora CBS. Os dois se tornam parceiros em diversas músicas que exerceriam influência no rock brasileiro (consta na biografia de Paulo Coelho, "O Mago", do escritor Fernando Morais, que Raul Seixas, para incentivar o amigo a compor, colocou-o como parceiro em sua participação na trilha sonora da novela O Rebu da Rede Tupi - erroneamente confundida com a Rede Globo no livro - sem que Paulo escrevesse uma única linha). Nessa época, Paulo Coelho envolve-se com Marcelo Ramos Motta, conhece a Lei de Thelema e, no dia 19 de maio de 1974, assina o juramento do grau de Probacionista da Astrum Argentum, sob o mote mágico de Frater Luz Eterna. Pouco tempo depois, se desligou da Ordem. 

Foi o responsável por apresentar a Lei de Thelema a Raul Seixas, participando da composição de sucessos como Sociedade Alternativa e Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás.. Compõe também para diversos intérpretes, tais como Elis Regina, Rita Lee e outros.

A edição do seu primeiro livro foi em 1982, Arquivos do inferno, que não teve a repercussão desejada. Lançou o seu segundo livro O Manual Prático do Vampirismo em 1985, que logo mandou recolher, considerando o trabalho de má qualidade. Conforme suas próprias palavras, confessa: "O mito é interessante, o livro é péssimo".

Católico não praticante, em 1986, Paulo Coelho conheceu a viagem de peregrinação pelo Caminho de Santiago. Percorreu quase 800 quilômetros do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela, na Galiza, experiência de que retirou detalhes para o seu livro O Diário de um Mago, editado em 1987.

No ano seguinte, 1988, publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos. O Alquimista é um dos mais importantes fenômenos literários do século XX. Chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países e vendeu, até o momento, 83 milhões de exemplares. O Guinness Book of Records o coloca como o autor vivo mais traduzido da história.




5 Ótimas Adaptações dos Livros de Agatha Christie

 
Nascida Agatha Mary Clarissa Miller em Torquay, condado de Devonshire, Inglaterra, a 15 de setembro de 1890. Filha de uma casal tipicamente vitoriano, mesmo sendo o pai, Frederick Miller, americano, foi criada segundo a melhor tradição européia. Seus pais tudo fizeram para que ela seguisse uma carreira de cantora lírica ou pianista. Mas, para a nossa sorte, Agatha Christie preferia passar o tempo escrevendo poemas e contos.  

Agatha era especialista em tramas que envolvem casarões, heranças disputadas, mágoas familiares e jogos de bridge em enredos tão mirabolantes que fazem os escritores de hoje em dia parecerem amadores, notabilizou-se, sobretudo, por popularizar a mais recorrente fórmula de trama policial: o whodunnit (quem matou?, em tradução livre), que coloca vítimas, suspeitos e detetives em um jogo de charadas cuja resposta só aparece no final. 

Morta em 1976, aos 85 anos, Agatha deixou 66 romances policiais, dezenove peças de teatro e diversas coletâneas de contos — um acervo que, considerando-se as métricas atuais, se equipara em vendas ao de ninguém menos que William Shakespeare: são mais de 2 bilhões de exemplares comercializados no mundo, cerca de 4 milhões por ano. 


1 - E não Sobrou Nenhum


Originalmente intitulado "O Caso dos Dez Negrinhos" esse livro foi um romance policial publicado em 1939. É o livro mais vendido de Agatha Christie, e também um dos maiores best-sellers de todos os tempos, com cerca de 100 milhões de cópias vendidas.O título do livro causou polêmica, principalmente nos Estados Unidos, por conta dos "negrinhos" no título. Por isso, no mercado norte-americano ele é conhecido como And Then There Were None ou Ten Little Indians. O livro chegou a ser publicado no Brasil nos anos 50, com o título de O Vingador Invisível, e em 2008, com o título de E Não Sobrou Nenhum.

A história passa-se numa ilha deserta situada na costa de Devon, sendo que ela é narrada totalmente na terceira pessoa e descreve a vivência de dez estranhos (entre si) que foram atraídos para a mansão da ilha por um misterioso homem e sua esposa, que têm as mesmas iniciais: U. N. Owen.


"Dez pessoas são convidadas a passar alguns dias em uma ilha chamada Ilha do Negro, esta estava há dias sendo motivo de discussão em jornais e revistas e mexericos na aldeia vizinha a respeito de quem era seu novo dono. Após chegarem na ilha, se surpreendem ao saber que o dono da casa não está presente, que pretende chegar logo mas que os convidados devem se sentir a vontade e aos cuidados do casal de empregados da casa.
       Quando os hóspedes já estavam se conhecendo e sentindo-se mais a vontade na casa, uma gravação expõe crimes dos quais cada um deles é acusado de cometer. Um dos convidados morre asfixiado com algo que havia em sua bebida e na mesma noite também a mulher que era empregada da casa morre dormindo. O medo começar a assolar a todos quando eles descobrem que a sequência de mortes acontece conforme a narração da história infantil dos dez negrinhos.
       Depois de vasculhar a ilha a procura do assassino, os hóspedes passam a desconfiar uns dos outros, chegando a conclusão de que o dono da casa está disfarçado entre eles, e daí por diante o enredo nos trás a dúvida sobre quem é o responsável pela terrível sucessão de mortes que acontece na ilha, se de algum jeito existe alguém mais na mansão e nos faz mudar frequentemente de suspeito, levando-nos a conhecer os personagens mas em momento algum a nos afeiçoar por eles."


O livro já virou série de TV pela BBC em 2015, Confira o Trailer:




2 - Assassinato no Expresso do Oriente


"Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. A história então começa quando o detetive belga embarca no famoso Expresso do Oriente com destino à Londres após a resolução de um caso na Síria, outro livro na lista logo abaixo. Junto a ele, outros passageiros de diferentes personalidades e nacionalidades, ocupam as demais cabines.

Surpreendentemente cheio para a época do ano, o trem começa a viagem de forma atípica e se complica ainda mais após uma nevasca que impede o prosseguimento do caminho. A maior surpresa porém, aparece na manhã seguinte, quando um dos passageiros é encontrado morto com 12 facadas e com a porta da cabine trancada por dentro. O mistério é entregue aos cuidados de Hercule Poirot que assume com destreza a investigação do caso."


Assassinato no Expresso do Oriente foi lançado em 1932 e, em seu ano de estreia, o livro vendeu mais de 3 milhões de cópias e foi o livro mais popular da autora na época, consequentemente, o que a tornou mais reconhecida, considerado um dos clássicos de romance policial.

O detetive aposentado, Hercule Poirot, um dos personagens mais importantes da autora Agatha Christie, volta à ação novamente e dessa vez ele investiga um caso sozinho. Com a maestria de Agatha Christie, somos apresentados a todos os suspeitos e passageiros, “ouvindo” a versão de cada um e nos confundindo. Cada vez mais, o assassinato fica mais intrigante. E o desfecho é sensacional. A primeira vez que li Assassinato no Expresso do Oriente, foi há mais de 10 anos e ainda me pego pensando e refletindo sobre essa trama misteriosa e muito bem feita. Valeu a pena cada página lida.

O livro foi adaptado recentemente ao Cinema, Confira o Trailer:




3 - Convite para um Homicídio 


Nesse cenário de homens engenhosos, campeões da lógica e da dedução, uma frágil velhinha de olhos azuis, moradora de um vilarejo no interior da Inglaterra, causa estranhamento. E é nele que reside a genialidade de Agatha Christie ao criar uma das detetives mais improváveis da literatura policial mundial: Miss Jane Marple.

Ela não é uma policial aposentada nem tem conhecimento de técnicas de investigação modernas. Passou sua vida toda na pequena St. Mary Mead, nunca se casou e seus parentes mais próximos são sobrinhos. Como toda senhora idosa do interior da Inglaterra, gosta de se inteirar dos fuxicos na vizinhança e está sempre tricotando. Nada nela parece ameaçador a um assassino em potencial, mas essa é sua arma. Por trás de seus simpáticos olhos azuis, esconde-se uma astúcia que faria inveja a Poirot.

Defrontada a uma série de homicídios que começam  com um assassinato anunciado — como se se tratasse de um jogo macabro — a simpática e bondosa miss Marple, que sabe descobrir a maldade escondida sob as mais honestas e inocentes aparências desmascara o culpado, algo que não tinham conseguido fazer os investigadores profissionais mais experientes.

"Numa pequena comunidade de repente toda a vizinhança lê nos jornais: Convite para um homicídio, Little Paddock às 6:30h. Um assassinato é anunciado num jornal local... Todos pensavam que era uma brincadeira, mas são pegos de surpresa quando ouvem um estalo e então as luzes se apagam. Um homem mascarado abre uma porta, atira e um assassinato acontece de verdade no local marcado, uma casa cheia de suspeitos... Quem poderia ser o verdadeiro culpado?

Nenhum detetive foi capaz de descobrir mas uma velhinha tão esperta quanto Poirot, porém mais modesta do que ele entra em ação... Nessa trama Miss Marple vai ter que desenterrar o passado dos suspeitos para descobrir o verdadeiro assassino. Ela fica numa corrida contra o tempo para que não aconteçam mais assassinatos...

Nesse livro, a autora une suspense, humor e mistério para solucionar um estranho homicídio ocorrido no vilarejo de Chipping Cleghorn."


No decorrer da leitura, alguns detalhes merecem citação:

1) A paranoia inglesa depois da Segunda Guerra Mundial, já que o livro foi publicado originalmente em 1950, cinco anos após o término do grande holocausto.

2) O sentimento xenofóbico que dominou – e continua dominando – boa parte da Europa. Em muitos momentos da narrativa, as personagens de origem inglesa fazem alusão aos estrangeiros como “pessoas em que não se pode confiar”, algo que lembra e muito o polêmico H.P.Lovecraft.

3) A exaltação de padrões de comportamento inglês está por toda a obra, com menções diretas ao modo de vida britânica. 




As histórias de Miss Marple já ganharam uma Mini-série pela iTV




4 - Os Crimes ABC


"Um misterioso e metódico assassino comete seus crimes de acordo com três normas: escolhe suas vítimas e as cidades onde moram seguindo rigorosamente uma ordem alfabética; deixa junto aos cadáveres um guia de trens, chamado ABC na Grã-Bretanha e anuncia cada um dos assassínios através de uma carta dirigida a Hercule Poirot, indicando o lugar e o dia em que cometerá o crime. Tudo leva a supor que se trata de um estranho e aterrorizador psicopata, tão louco quanto inteligente e frio, que os jornais comparam a Jack, o Estripador. Porém o cruel criminoso não sabia que, ao enviar cartas a Poirot, brincava com fogo, desafiando um inimigo que o superava em inteligência. E Poirot imagina se a maneira de agir do assassino não constitui uma perigosa cortina de fumaça para ocultar alguém mais perverso do que um sanguinário doente mental. Poirot lança a pergunta e, como sempre, termina encontrando a surpreendente resposta."




Neste livro de 1936, o famoso detetive Hercule Poirot desvenda uma série de assassinatos muito intrigantes e precisa identificar um serial killer que está matando pessoas cujos nome e cidade onde moram estão de acordo com a ordem alfabética e, junto de seus corpos é sempre encontrado o guia de trens ABC. O mais estranho, porém essencial para a solução dos crimes por Poirot, é que o misterioso assassino sempre avisa ao detetive quando irá matar suas vítimas indefesas. É uma história com dois narradores, intercalada em primeira e terceira pessoa. A polícia acha que Sir Alexander Bonaparte Cust é o assassino, mas Hercule soluciona esses crimes com um desfecho absolutamente incrível. Não percam, esse livro é ótimo!

Para quem gosta de jogos de PS4, há um jogo de 2016 muito bom baseado no livro. O jogador assume o papel de Poirot, e deve interpretar as pistas deixadas pelo assassino.

O Livro recebeu uma adaptação estrelada por ninguém menos que John Malkovich no papel principal:




5 - Sócios no Crime


Com toda certeza existem diversos outros livros mais interessantes que poderiam compor essa lista, mas trago a vocês algo um pouco diferente do habitual e que não deixa de ser uma obra interessantíssima da autora.

Sócios no crime é um livro que, para quem está acostumado com Hercule Poirot e Miss Marple, pode ser um choque conhecer a dupla Tommy e Tuppence. No segundo livro como protagonistas, este casal de ex-detetives tenta se adaptar à vida fora da ativa. Tommy tem um trabalho administrativo junto ao Serviço Secreto Britânico, enquanto Tuppence cuida da casa. Mas essa vida pacata parece estar com os dias contados quando o chefe da Inteligência Britânica lhes propõe recolocar em operação a Agência de Detetives Internacional.

Para resolver cada caso, Tommy e Tuppence se baseiam em métodos de variados e célebres detetives, como Sherlock Holmes, de Conan Doyle; padre Brown, de Chesterton, e o próprio Hercule Poirot. Com muito bom humor, Agatha Christie faz uma reverência aos grandes investigadores da história da literatura.

"O casal Tommy e Tuppence Baresford está junto há alguns anos e sua vida perdeu um pouco do encanto e das aventuras após o casamento. Mas apenas no lado profissional, pois os dois são excelentes investigadores. Toda essa calmaria está deixando a esposa cansada, ela quer aventuras. Por isso, quando o seu chefe, o senhor Carter aparece com a proposta de colocá-los de volta à ativa, eles veem uma oportunidade de sair do marasmo, fazendo aquilo que eles mais amam.

Escondidos atrás de nomes falsos eles partem em buscas de novos casos. Os dois são amantes de livros de detetives e não perdem a chance de comparar seus próprios casos e atitudes aos de famosos investigadores da literatura. Extremamente sagazes e determinados, eles enfrentarão diversos criminosos."


Em 1984, foi ao ar pela LWT (London Weekly Television) The Partners in Crime TV Series, com 10 contos adaptados dos 15 que integram o romance homônimo. As estrelas eram Tommy e Tuppence Beresford, interpretados por James Warnick e Francesca Annis. Com sets e figurinos luxuosos, que buscavam mostrar o glamour da época, a série foi um sucesso de público. Em 26 de julho de 2015, começou a ser transmitida pela BBC1 uma nova versão das aventuras do casal, interpretado por Jessica Raine e David Walliams.




Dêem suas opiniões e digam quais obras faltaram nessa lista.

Em Breve farei uma continuação e novas obras e adaptações irão aparecer...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...