sábado, 1 de junho de 2013

Entrevista com Fábio Abreu, Jovem Escritor e Produtor Literário

Fábio Abreu escreve desde 1994, quando começou a trabalhar em roteiros de revistas em quadrinhos japoneses, os famosos mangás. Por mais de 6 anos ele foi fanzineiro e quadrinista do estilo. A sede por mais e mais o levou a empregar seu talento na criação de diversas histórias com tramas ainda mais complexas e minuciosamente elaboradas, foi quando ele começou seu primeiro livro e, daí para frente não parou. Sua vontade o fez elevar seu talento criativo e despontar entre um grupo seleto de jovens escritores.

Amante de música e cinema se voltou para literatura fantástica, estilo este que nunca mais abandonou. Integrante do Grupo Literário Ases da Literatura, sua publicação de estréia foi o conto SOLLARIA na antologia O ÚLTIMO DIA ANTES DO FIM DO MUNDO pela Editora NOVO SÉCULO.

Algumas Perguntas para Fábio



Fórum MSM: Fábio, o que te inspira a escrever?

Fábio Abreu: Tenho plena convicção de que o que faço vem de Deus. Não saberia explicar como consigo extrair das pessoas lágrimas e emoções intensas ao ler meus trabalhos que não desta forma - Deus.


Fórum MSM: Quando e como surgiu a ideia de escrever Occärd – A Princesa e o Guardião? Fale-nos um pouco sobre o seu livro.

Fábio Abreu: Tenho outros trabalhos iniciados, mas preferi pausá-los e me voltar para este – Occärd – pois vai ao encontro do que gosto de fazer, fantasia épica. E também pelo fato de ser uma história fechada, sem a necessidade de uma continuação. Apesar de que existirão ganchos para isso, que não sei se vou ou não utilizar, algo a ser visto no futuro. Trata-se de uma fantasia que envolve dois itens que muito me fascinam, magia e dragões. Sei que é um assunto muito explorado, mas sempre digo que não é a história que você conta, e sim como você conta sua história que faz a diferença.


Fórum MSM: Conte-nos um pouco de Occärd e seus personagens? E de onde tirou esse nome?

Fábio Abreu: Então, Occärd é um nome conhecido de todos. Contudo, escrito de forma não convencional. Se inverter a leitura você terá a seguinte palavra Dräcco = Draco, ou seja, dragão em latim. Gosto muito de brincar com os nomes e anagramas que podem ser feitos com eles. Tenho isso como marca registrada em praticamente todos os meus trabalhos. Principalmente os de fantasia, pois escrevo romances também. A história de Occärd gira em torno de Áksa, uma jovem nativa de uma tribo distante dos reinos dos homens que se vê como líder de um povo inteiro aos dezesseis anos quando seu pai falece. Impulsionada pelo seu dever e honra, ela assume todas as responsabilidades que lhe cabiam, inclusive um enlace, antes arquitetado pelo seu falecido pai. E em meio a essa confusão, ela é desafiada a provar sua honra num desafio que não era exigido a ninguém daquele povo há séculos e parte numa jornada sozinha, em busca do último dragão vivo. E aí começam as aventuras dela numa jornada que será de descobertas e autodescoberta.

Fórum MSM: Eu sei que você ama os elfos. Quando surgiu esse amor na sua vida?

Fábio Abreu: Nossa! Eu não sei ao certo, mas te digo que este meu afeto inestimável pelos elfos cresceu depois de ler o Ciclo da Herança, principalmente ERAGON do Christopher Paolini. Eles são criaturas únicas, misteriosas, que beiram a perfeição. Sou suspeito para falar de elfos. Gosto demais!



Fórum MSM: Vamos falar um pouco do escritor, ok? Existem autores que dizem que começam a escrever e não sabem o que acontecerá no final da história. Como é no seu caso?

Fábio Abreu: Bom, eu sempre tenho a ideia central e logo quero um título. Isto é como estabelecer um “norte” para minha criação. Sempre desenvolvo a trama principal e, na sequência, o que virá para complementá-la, mas dificilmente consigo ter a visão exata do que virá num capítulo ou na história em si. Sempre me permito mudar fatos e acrescentar outros para enriquecer o contexto.

Fórum MSM: Qual será o seu próximo livro?

Fábio Abreu: Livro solo, com certeza será Occärd – A Princesa e o Guardião. E tenho em mente conseguir publicar em breve o conto TEU SILÊNCIO, MINHA RESPOSTA e dar continuidade a ele com o romance O ANJO DE CRETA. Esse conto tem arrebatado corações e pretendo investir num romance com fundo sobrenatural para desenrolar está trama que tem muito potencial.

Fórum MSM: Em que você se inspira para escrever a história, criar personagens e construir as tramas? Você se inspira em pessoas reais ou simplesmente vem da criatividade?

Fábio Abreu: Depende da trama criada e que tipo de história estou escrevendo. Se for algo de cunho fantástico, sigo minha inspiração. Difícil hoje é conseguir ser 100% original no que se cria. Pois lemos tantas histórias maravilhosas que acabamos por ser influenciados de alguma forma, querendo ou não. O importante é saber até que ponto é sua voz ou a voz de um “influenciador” que dita o que você escreve. No mais, Deus é minha inspiração. Sempre!

Fórum MSM: Que mensagem você quer passar para os seus leitores ?

Fábio Abreu: Na grande maioria, eu tento passar a mesma mensagem. O valor de uma das mais preciosas virtudes do homem: a amizade verdadeira. Eu ainda acredito que nas pessoas você consiga encontrar virtudes puras como essas e ter apoio e companheirismo para o resto da vida.

Fórum MSM: Além da arte de escrever, você possui algum outro talento artístico que te acompanha na sua vida?

Fábio Abreu: Rs Bom! Eu cantei 6 anos em coral, hoje só canto no chuveiro. Já desenhei mangá por muitos anos também, mas não o faço mais. Meu maior talento e talvez o único que acredito ser inspirado por Deus para que faça a diferença e alcance os corações é a escrita. Eu amo o que faço.

Fórum MSM: Qual a importância que o curso de estruturação de romance, ministrado pela autora Lycia Barros, teve em seu desenvolvimento como escritor?

Fábio Abreu: Nossa! Eu fiz o curso num daqueles momentos que você tenta ver a luz no fim do túnel e só vê incerteza. O módulo que eu fiz teve participação de duas outras profissionais maravilhosas: Eliane Raye e Janaina Vieira. A Lycia é fantástica e se tornou minha tutora literária. Sempre me aconselha e se tornou uma grande amiga. Superindico o curso da Fábrica de Autores ministrado por ela.

Fórum MSM: A antologia, intitulada O Último Dia Antes do Fim do Mundo, conta com o número de vinte novos escritores e foi organizada pela romancista carioca Lycia Barros. Como foi fazer parte desse seleto grupo?

Fábio Abreu: Um sonho. Um sonho realizado. Publicar meu primeiro livro foi fantástico e uma experiência que vou guardar com muito carinho para o resto da vida. Conheci pessoas fantásticas que nunca mais deixarei. E esta publicação não poderia ter vindo em momento mais oportuno. Fiz parcerias e conheci talentos que hoje são indispensáveis para minha formação como autor, entre eles as escritoras Glau Tambra e Maud Epascolato, dentre outros.

Fórum MSM: Fale um pouco sobre o seu conto na antologia "O Último Dia Antes do Fim do Mundo". Quais eram as suas expectativas e quais foram as críticas que você recebeu depois de publicado?

Fábio Abreu: Sollaria, também conhecido como o “bebê-monstro”. Rs – Sollaria foi algo mágico e inexplicável. Eu já tinha uma sinopse de um livro com esse título. Quando recebi o convite da Lycia, logo me veio à mente usar esse argumento para a criação. Contudo, teria de fazer uma compactação forte para reduzir um livro inteiro num conto. Tive problemas com o tamanho do conto. Lembro bem que sentei para escrevê-lo no dia 7 de setembro, eram 8:30h da manhã, e só terminei as 14 páginas restantes (das 17 que o conto teve ao todo quando concluído) às 22h, exausto e chorando. Foi um desafio, pois o prazo estava muito curto. Quando terminei de escrever, descobri que, por uma questão já discutida, o tamanho oficial seria de no máximo 10 páginas (A4). Meu mundo desabou, e é horrível dizer isso, mas pedi para sair do projeto. Meus amigos no projeto pediram o conto para ler e disponibilizei. A cada novo depoimento, eu me enchia de um misto de desespero, por ter que diminuir tantas páginas do trabalho, e contentamento, por estar alcançando tantas pessoas com minha história. No fim, o autor Robson Gundim se reuniu com mais oito autores e depois de uma conversa com nossa organizadora, ela decidiu não só não diminuir o número de páginas, mas dividir o conto em duas partes. Fiquei extremamente emocionado e tenso com a responsabilidade, meu conto abriria e encerraria a antologia. E de fato foi - Sollaria Alpha e Ômega.

Fórum MSM: Como escritor o que mais te deixa feliz?

Fábio Abreu: Saber que o que escrevo alcança os corações. Que faz a diferença naquele momento e que, com isso, passo um pouco de esperança e luz para quem lê minhas histórias. Posso citar um exemplo: uma amiga leu o conto TEU SILÊNCIO, MINHA RESPOSTA e havia terminado um noivado de 3 anos na semana anterior. Ela chorou ao término da leitura e, inspirada na história, decidiu procurar o ex-noivo e tentar uma segunda chance para eles. Isso para mim, como autor, foi fantástico.

Fórum MSM: Como você analisa a literatura brasileira contemporânea e como isso está refletindo no mundo?

Fábio Abreu: Estamos na melhor fase da literatura para os brasileiros, em minha opinião. Com o Facebook e outras “armas de marketing” em massa, podemos alcançar qualquer um, em qualquer canto do planeta que possua internet. Fazer-se conhecido e mostrar seu trabalho é primordial para o sucesso de quem está chegando agora no mercado. Não é à toa que nomes como Sphor, Draccon e Vianco já tem reconhecimento internacional. Muito feliz com isso, vamos ganhar o mundo!

Fórum MSM: Em sua opinião, quais os melhores escritores brasileiros que surgiram na última década?

Fábio Abreu: Já citei alguns acima, mas existem outros que merecem ser citados. Não vou citar os clássicos, acho que nem precisa. Mas quero destacar nomes como Lilian Reis, Kiko Riaze, Renata Ventura, Lycia Barros, Eliane Raye, Bento de Luca entre outros. E quero dispor deste espaço para citar nomes que ainda terão seu momento sob os holofotes e merecem essa honra, pois são talentos inestimáveis: Glau Tambra, Maud Epascolato, M. J. Atalaia, Robson Gundim, Lucas Odersvänk, Marcelo Maropo, Cristiane Broca, Adriana Ramiro, Pâmela Filipini e outros.

Fórum MSM: Quais são os seus livros e escritores favoritos? E o gênero literário favorito?

Fábio Abreu: Bem, eu amo e escrevo (preferencialmente) literatura fantástica, fantasia é minha veia. Tenho os três lordes que já citei acima, Sphor, Vianco e Draccon, como referências nacionais. Contudo, aqueles que mudaram minha existência como autor serão sempre eternos: Tolkien, Lewis, Rowling, Riordan e Martin. No entanto, tem um autor (que já citei acima também) por quem tenho um apreço inestimável: Mr. Christopher Paolini. Quer arrumar encrenca? Fale mal desse cara perto de mim. rs

Fórum MSM: Qual livro você está lendo no momento? Fale-nos um pouco sobre ele e o que te chamou a atenção nessa leitura.

Fábio Abreu: Estou lendo dois livros simultâneos. Sim, eu faço isso. Rs. EM CHAMAS, da Suzanne Collins. Já havia lido o primeiro da trilogia e gostei, desvendar Katniss – a garota em chamas mais fria que já vi – é um paradoxo estimulante. Rs. E estou lendo LONGE DOS OLHOS, um romance do Alex Andrade, autor que conheci num evento aqui no Rio de Janeiro. Trata-se de um romance homoafetivo, já havia lido outro na mesma linha e, como conheci o autor, comprei o livro e está sendo bem agradável a leitura.

Fórum MSM: Quais suas principais influências literárias?

Fábio Abreu: Citar nomes seria chover no molhado. Mas posso dizer que tenho visto alguns autores nacionais que galam seu espaço dia a dia e isso me inspira. Minha influência como autor vem de grandes épicos da literatura internacional, mas os autores nacionais que se lançam com maestria nesta linha literária tem arrebatado meu coração. Viva a fantasia!

Fórum MSM: Qual a sua visão sobre a crescente em que se encontra os gêneros de fantasia, ficção e etc. no Brasil?

Fábio Abreu: Excelente! Melhor impossível! Sinal de que o brasileiro tem perdido um pouco do preconceito em relação ao que é feito aqui, as obras tipicamente “tupiniquins”. Espero que esse movimento cresça e se torne algo volumoso ao ponto de não ser mais ignorado por nenhum leitor que se interesse por fantasia. E que suas estantes sejam repletas – não apenas – de livros com assinaturas internacionais.

Fórum MSM: Você mencionou que o ASES DA LITERATURA lhe rendeu boas parcerias. Pode nos falar mais? Existe algum projeto do grupo?

Fábio Abreu: Sim e não! Rs. Logo após o lançamento do livro O ÚLTIMO DIA ANTES DO FIM DO MUNDO, eu tive uma ideia para um projeto, que está em pleno vapor neste momento. O nome do projeto é “Conto dos 7”. Consiste num projeto-livro em que sete escritores trabalham cada um num conto sempre com temas voltados para o número 7 e sua mística. A primeira antologia, com o tema OS SETE PECADOS CAPITAIS, está para ser concluída com trabalhos que vão surpreender pela qualidade e criatividade. Agradeço a Deus a oportunidade de trabalhar com pessoas tão dedicadas e talentosas. Fica aqui o meu respeito pelos escritores que acreditaram no meu projeto e o abraçaram junto comigo: Maud Epascolato, Glau Tambra, Lu Franzin, Marcelo Maropo, Lucas Odersvänk e Moisés Suhet. Vocês são incríveis!

Fórum MSM: Nota-se como você tem projetos e trabalhos em andamento. Como consegue coordenar seu tempo para atender a tantas demandas.

Fábio Abreu: Ainda coordeno, com a ajuda incondicional de Renan Santos, Karoline Neves e Patrique Mamedes, o projeto de um livro chamado O DIÁRIO DE UM ESCRITOR. E posso definir a resposta para esta pergunta em apenas uma palavra: AMOR.

JOGO RÁPIDO

Um livro: ERAGON
Uma pessoa: MINHA MÃE
Um desejo: ALCANÇAR MUITOS CORAÇÕES COM MINHAS HISTÓRIAS
Uma música: CONQUISTA DO IMPOSSÍVEL (ALINE BARROS)
Uma comida: PIZZA =P
Uma bebida: SUCO DE MAÇÃ COM SOJA
Uma inspiração: DEUS
Uma frase: O VERDADEIRO DOM DE UM ESCRITOR NÃO É O DE ESCREVER BELAS HISTÓRIAS, MAS SIM ALCANÇAR OS CORAÇÕES COM SUAS PALAVRAS.
Felicidade: CONCLUIR UM NOVO TRABALHO, E SABER QUE TIVE ÊXITO!

Por fim, pode deixar uma mensagem ou uma dica para os futuros escritores...

Amados, o maior obstáculo que pode existir está dentro de nós mesmos: o medo de tentar, transpor e ir além. Nunca deixe que ninguém diga que você não pode algo. O sonho do homem é o que alimenta sua alma. Persista, prossiga e nos conte sua vitória depois! =)
Obrigado pelo carinho!

Vargas, obrigado pelo espaço e pela consideração, querido! Sucesso!

Eu é quem tenho que agradecer por fazer parte desse projeto lindo, tenho uma fé inabalável em acreditar que vamos conseguir alcançar nossos objetivos. Também desejo a você todo Sucesso!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Grandes Escritores e suas Grandes Obras (Parte 4) - Herman Melville & Moby Dick

Moby Dick é uma história que já pertence ao imaginário popular, a saga da gigantesca baleia branca que aterroriza os mares e todos que nele se aventuram. O texto de Herman Melville foi publicado em 1851 e se tornou uma das mais importantes obras literárias da língua inglesa. A aventura épica é narrada por Ismael, um marinheiro a bordo de um navio baleeiro. A embarcação é comandada pelo insano capitão Ahab, que fará de tudo, até sacrificar a própria vida e a da tripulação, na sua busca obsessiva por uma baleia branca que arrancou uma de suas pernas. “Moby Dick” esconde sob a aventura narrada várias metáforas, simbolismos e questões filosóficas. A obra é vista como um marco no gênero, um clássico que influenciou o nascimento de outros grandes livros de aventuras, como os escritos por Joseph Conrad e Júlio Verne, entre outros.

O nome da obra se refere ao do cachalote enfurecido, de cor branca, que havendo sido ferido várias vezes por baleeiros, conseguiu destrui-los todos. Originalmente foi publicado em três fascículos com o título de Moby-Dick ou A Baleia em Londres no ano de 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral. O livro foi revolucionário para a época, com descrições intricadas e imaginativas das aventuras do narrador - Ismael, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça a elas, arpões, a cor branca (de Moby Dick), detalhes sobre as embarcações e funcionamentos, armazenamento de produtos extraídos das baleias.


A obra foi inicialmente mal-recebida pelos críticos, assim como pelo público, mas com o passar do tempo tornou-se uma das mais respeitadas da literatura em língua inglesa, e seu autor é agora considerado um dos maiores escritores estadunidenses.
O livro abre-se com uma das mais famosas citações da língua inglesa: "Chamai-me Ismael."



Sinopse - Moby Dick - Herman Melville

Na cidade de New Bedford, em Massachusetts, o marinheiro Ismael conhece o arpoador Queequeg e, juntos, partem para a ilha de Nantucket em busca de trabalho no mercado de caça às baleias. Lá, eles embarcaram no baleeiro Pequod para uma viagem de três anos aos mares do sul. Entre eles, tripulantes de diversas nacionalidades: os imediatos Starbuck, Stubb e Flask; os arpoadores Tashtego e Daggoo, além de Ahab, o sombrio capitão que ostenta uma enorme cicatriz do rosto ao pescoço e uma perna artificial, feita do osso de cachalote. Obcecado por encontrar a fera responsável por seus ferimentos e que nenhum arpoador jamais conseguiu abater - a temível "Moby Dick" -, o capitão Ahab conduz o baleeiro e toda a sua tripulação por uma rota de perigos e incertezas.




 A história começa mesmo quando Ismael, já veterano do mar, decide embrenhar-se em um outro ramo da atividade marítima, a pesca de baleias. Para tal, viaja para uma região norte-americana especializada na referida pesca, e por vias, instala-se na hospedaria "O Espiráculo", onde conhece Queequeg, o seu melhor amigo. Embarcam no navio The Pequod, mas antes Ismael recebe um aviso de um homem velho que o capitão, conhecido como Ahab, é louco e muito se compara com o diabo e seu navio, como o inferno. Ahab possui "demônios". E também anuncia que tem um único e vedadeiro ódio: a baleia Moby Dick.


A viagem baleeira tem a previsão de três anos de duração. O interesse da tripulação do Pequod é a obtenção de lucro a partir da pesca de baleias para extração de gordura, espermacete - fino produto e amplamente usado na época - e outros sub-produtos da pesca. Todavia, o capitão Ahab tem por objetivo particular confrontar-se com Moby Dick, o cachalote responsável por arrancar-lhe a perna. Moby Dick é tido como um monstro pelos baleeiros, os quais, segundo o autor, evitam confrontar-se com ele quando o avistam. Melville vale-se de várias reflexões particulares para transformar o cotidiano de um navio baleeiro, bem como a pesca em si e as finalidades de tal labor (detalhes esses que o autor descreve exaustivamente) para construir uma metáfora acerca da condição do homem moderno.

A hora da batalha entre a razão humana e o instinto animal é começada. Em meio aos desdobramentos das
loucuras e acessos de raiva devido à ambição do Capitão, a baleia curiosamente se choca contra a quilha do navio, que entra em estado de instabilidade enquanto seus tripulantes tentam escapar, e aqueles que entraram nos botes para se confrontar com Moby Dick acabam tendo que esperar pela morte (pois todos os botes são destruídos).











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O final de Moby Dick é previsível, mas isso não tira pontos da obra, pois também é incessantemente surpreendente. Sabia-se que o destino não guardava flores para Ahab, e sim espinhos, pois a lição filosófica da obra é que o homem quando dá-se por extremamente ambicioso acaba perdendo tudo que mais preza, no caso da metáfora construída, o Pequod e a vida. Tendo seu melhor amigo Queequeg morrido naquele mesmo dia, Ismael estava sozinho em meio aos escombros e aos corpos (todos mortos). Pois que, quando não lhe restavam mais esperanças, o caixote onde Queequeg seria velado, segundo sua crença pagã, emerge da água para que o sobrevivente seja salvo. E, assim, ao gosto das ondas, o marinheiro é levado para casa. Tempos depois de ter vivido o sabor da sua amarga aventura e ter visto o quanto o homem pode ser tolo por razões tão naturais como o instinto animal, e criar seus fantasmas justamente por sua pretensão, Ismael não tem mais vontade de voltar para o mar. Deveras, já vira de tudo.

O romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, quando este foi atingido por uma baleia e afundou. Essa história real inclusive já virou livro nas mãos do autor Nathaniel Philbrick, tendo esse ano sido anunciado uma adaptação ao cinema, mas falarei bem mais sobre isso num próximo post da série "Saindo do Papel".

Moby Dick no Cinema

Gregory Peck
Richard Basenhart
O livro já recebeu algumas adaptações ao cinema com Patrick Stewart, o eterno professor Xavier da trilogia X-Men, como o Capitão Ahab e outra adaptação também muito boa para a TV no ano passado, pela AMC, com Ethan Hawke  interpretando Ismael.
Eu particularmente considero o filme de 1956 a melhor, dirigido por John Houston, com Gregory Peck no papel do insano Capitão Ahab e  Richard Basenhart interpretando o narrador Ismael.


Herman Melville

Herman Melville (1 de agosto de 1819, Nova York - 28 de setembro de 1891, Nova York) foi um escritor, poeta e ensaísta norte-americano. Embora tenha obtido grande sucesso no início de sua carreira, sua popularidade foi decaindo ao longo dos anos. Faleceu quase completamente esquecido, sem conhecer o sucesso que sua mais importante obra, o romance Moby Dick, alcançaria no século XX. O livro, dividido em três volumes, foi publicado em 1851 com o título de A baleia e não obteve sucesso de crítica, tendo sido considerado o principal motivo para o declínio da carreira do autor.

Herman Melville foi o terceiro filho de Allan e Maria Gansevoort Melvill (que posteriormente acrescentaria a letra "e" ao sobrenome). Quando criança, Melville teveescarlatina, o que afetou permanentemente sua visão. Mudou-se com a família, em1830, para Albany, onde frequentou a Albany Academy. Após a morte do pai, em 1832, teve de ajudar a manter a família (então com oito crianças). Assim, trabalhou como bancário, professor e agricultor. Em 1839, embarcou como ajudante no navio mercanteSt. Lawrence, com destino a Liverpool e, em 1841, no baleeiro Acushnet, a bordo do qual percorreu quase todo o Pacífico. Quando a embarcação chegou às ilhas Marquesas, na Polinésia francesa, Melville decidiu abandoná-la para viver junto aos nativos por algumas semanas. As suas aventuras como "visitante-cativo" da tribo de canibais Typee foram registadas no livro Typee, de 1846. Ainda em 1841, Melville embarcou no baleeiro australiano Lucy Ann e acabou por se unir a um motim organizado pelos tripulantes insatisfeitos pela falta de pagamento. O resultado foi que Melville foi preso em uma cadeia no Tahiti, da qual fugiu pouco depois. Todos esses acontecimentos, apesar de ocuparem menos de um mês, são descritos em seu segundo livro Omoo, de 1847. No final de 1841, embarcou como arpoador no Charles & Henry, na sua última viagem em baleeiros, e retornou a Boston como marinheiro, em 1844, a bordo da fragata United States. Os dois primeiros livros renderam-lhe muito sucesso de crítica, público e um certo conforto financeiro.

Em 4 de agosto de 1847, Melville casou com Elizabeth Shaw e, em 1849, lançou seu terceiro livro, Mardi. Da mesma forma que os outros livros, Mardi inicia-se como uma aventura polinésia, no entanto, desenvolve-se de modo mais introspectivo, o que desagradou o público já cativo. Dessa forma, Melville retomou à antiga fórmula literária, lançando duas novas aventuras: Redburn (1849) e White-Jacket (1850). Nos seus novos livros já era possível reconhecer o tom visivelmente mais melancólico, que adotaria a seguir. Em 1850, Melville e Elizabeth mudaram-se para Arrowhead, uma quinta em Pittsfield, Massachusetts (atualmente um museu), onde Melville conheceu Nathaniel Hawthorne, a quem dedicou Moby Dick, publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de Moby Dick e de Pierre, de 1852, fez com que o seu editor recusasse o manuscrito, hoje perdido, The Isle of the Cross.

Herman Melville morreu em 28 de setembro de 1891, aos 72 anos, em Nova York, em total obscuridade. O obituário do jornal The New York Times registrava o nome de "Henry Melville". Depois de trinta anos guardado numa lata, Billy Budd, o romance inédito na época da morte de Melville foi publicado em 1924 e posteriormente adaptado para ópera, por Benjamin Britten, e para o teatro e o cinema, por Peter Ustinov.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Famosos & Escritores (Parte 1) - Steve Martin

Famosos & Escritores é mais uma série de publicações curtas que serão apresentada aqui no meu BLOG Meu Mundo em suas Mãos. Dessa vez irei falar sobre escritores famosos que não se tornaram tão famosos através de seus livros.

Nessa primeira parte irei falar sobre um ator muito conhecido do público, afinal ele é um dos melhores atores de comédia que a geração atual já viu e com certeza já fez muitos de nós darmos muitas gargalhadas.

 Steve Martin


A Balconista


O livro A Balconista, de Steve Martin, conta a história de uma vendedora de loja de departamentos chamada Mirabelle, uma mulher de 27 anos que tem uma vida amorosa muito complicada. Ela começa a namorar com o jovem Jeremy, um rapaz que não sabe tratar as mulheres como deveria, inclusive querendo que a parceira banque os encontros, almoços, cafés e outros. Como era de se esperar, o relacionamento deles esfria e acaba de desfazendo e Mirabelle conhece Ray Porter, um homem muito rico e alguns anos mais velhos do que ela.

Ray é educado e até cavalheiro, apresentando as virtudes que Jeremy não possui, porém, não quer um envolvimento sério e só procura Mirabelle quando necessita suprir suas carências sexuais, magoando ela profundamente. Mirabelle acaba se envolvendo nesse triângulo amoroso entre Jeremy e Ray e sendo usada como objeto por ambos e acaba sempre frustrada após os seus encontros.



Pura Bobagem

Pura Bobagem é compilação dos textos mais engraçados de Steve Martin já publicados na imprensa americana. A maior parte deles escrita para a The New Yorker. As histórias de Pura Bobagem  ficaram praticamente esquecidas até serem reunidas neste livro. Uma coletânea que revela um escritor de talento e com uma dose muito grande de humor. Apesar de muitas das crônicas estarem relacionadas a fatos acontecidos quando de sua publicação, as melhores são justamente as desvinculadas do mundo real.

Se já é engraçado quando critica um fato conhecido, Martin é impagável quando dá liberdade total à própria imaginação. Pura Bobagem  é tudo que o título promete e apresenta o melhor das improvisações do comediante. A argúcia de Martin com as palavras, seus comentários inteligentes são lançados com astúcia capaz de fazer sorrir até o mais carrancudo dos leitores. Em crônicas de apenas algumas páginas, Martin consegue ser hilariante com a mesma combinação que o consagrou nas telas: inteligência e elegância em contraste com a comédia mais rasgada. Pura Bobagem é uma leitura divertida que apresenta aos leitores um escritor surpreendentemente bom, que já demonstra nos seus dois primeiros livros o mesmo brilho que o imortalizou nos cinemas.

Nascido para matar... De rir


Durante um de seus ataques de pânico, Steve Martin foi parar no hospital, achando que ia morrer. De repente, a enfermeira que o atendia vira-se  para ele e pede um autógrafo no papel que registrava seus batimentos cardíacos. No auge da fama, as pessoas riam descontroladas de qualquer coisa que ele dissesse, como: "A que horas o filme começa?”. Ou então, durante um jantar com uma bela garota, Martin descobria que a moça tinha um namorado – e que o rapaz aprovava a idéia de ela estar tendo um encontro com um rei da comédia.

Essas são algumas das divertidas histórias do livro Nascido para Matar... de Rir – Do stand-up ao cinema, como me tornei um fenômeno do humor, autobiografia do ator americano Steve Martin, em que narra seu início de carreira, sua ascensão ao cenário do humor,  suas namoradas, as pessoas que influenciaram seu trabalho, por que abandonou os palcos, além de contar a sua difícil relação com a família.

Em meados dos anos 70, o nome de Steve Martin estourou no cenário da comédia nos Estados Unidos. Em 1978, ele já atraía as maiores platéias da história da stand-up comedy; em 1981, deixou os palcos para sempre. O que este livro conta, nas palavras do próprio Martin, é “por que eu fui parar na stand-up e por que eu saí dela”. O comediante mostra todo o sacrifício, disciplina e originalidade que fizeram dele um ícone e que continuam transparecendo no seu trabalho até hoje. Um livro muito divertido. Uma obra-prima de quem leva a sério a profissão de fazer rir.


Biografia do Autor

Steve Martin é um ator fascinante, com muita expressão corporal e gestual, além de também um talento para escrever roteiros de comédias, o que lhe permitiu atingir o sucesso a partir dos anos 1970.


O início na carreira nos anos 1960 foi como escritor e ator de quadros de humor em séries de TV canadenses e estadunidenses. A virada da carreira ocorreu com a sua participação no programa de humor Saturday Night Live, onde conseguiu projeção na América do Norte.

Com a oportunidade de fazer cinema, em 1978 estreou o filme O Panaca (The Jerk), do diretor Carl Reiner, onde interpretava um jovem branco extremamente tapado e inocente, que fora adotado por uma família negra e não sabia disso até que lhe contaram, já adulto. Com a popularidade obtida no filme, ele e o diretor Reiner firmaram uma parceira de sucesso, realizando várias comédias em estilo non sense, inclusive Cliente morto não paga (1982) e Um espírito baixou em mim (1984), que lhe tornariam uma estrela internacional do cinema e um talento reconhecido após a indicação ao Globo de Ouro como melhor ator por esse último filme.

Outros sucessos de bilheteria foram Três Amigos (1986), Os Safados (1988), O pai da noiva (1991), A casa caiu (2003), além da franquia Doze é demais, iniciada em 2003. Em 2006 participou do relançamento da série de A Pantera Cor-de-Rosa, quando aceitou o desafio de dar nova interpretação ao famoso personagem inspetor Jacques Clouseau que fora de Peter Sellers. Com o sucesso popular conseguido, participou da sequência, lançada em 2009.
Em Julho de 2012 casou-se com Anne Stringfield de 41 anos. Em Dezembro de 2012 foi pai do seu primeiro filho .

Stephen Glenn Martin é seu nome completo. Nasceu em 14 de Agosto de 1945 na cidade de Waco no estado do Texas, USA. Além de comediante, ator e escritor, Steve Martin também é  produtor,  dramaturgo, músico e compositor. como músico ele já recebeu inclusive dois Grammy Awards em 1978 e 1979 pelas álbuns de comédia  "Let's Get Small - 1978" e  "A Wild and Crazy Guy - 1979".

quinta-feira, 14 de março de 2013

Saindo do Papel (Parte 2) - M. Night Shyamalan Depois da Terra





Em 7 de junho de 2013, chega aos cinemas o novo longa-metragem do diretor M. Night Shyamalan, o mesmo que dirigiu clássicos como O sexto sentido e Corpo fechado. Depois da Terra (After Earth) é a ficção científica futurista que promete ser uma mistura de A Árvore da Vida e Jurassic Park.  O lançamento mundial promete ser um dos principais sucessos do verão americano. Estrelado por Will e Jaden Smith - pai e filho na vida real e também na ficção - o filme Depois da Terra (After Earth), distribuído pela Sony Pictures, situa a humanidade no planeta Nova Prime, mil anos após um cataclismo que tornou a Terra um lugar hostil.

O selo Suma de Letras, da Objetiva, publicará a partir de fevereiro de 2013 uma série de seis e-books, com intervalos quinzenais entre cada lançamento, que contextualiza o prelúdio da história, além de dois livros impressos - um romance que precede o longa, ambientando o leitor ao universo de Nova Prime, e a adaptação literária do roteiro do filme.

Na trama, mil anos depois de um cataclisma ter forçado a humanidade a sair da Terra, Nova Prime se tornou o novo lar dos humanos. O lendário general Cypher Raige (Will Smith) retorna para sua família depois de uma longa ausência a serviço, pronto para criar seu filho de 13 anos Kitai (Jaden Smith), pai e filho que mantêm entre si uma relação fria e distante. Por conta de uma chuva de asteroides que atinge a nave onde vive, a dupla faz uma aterrissagem forçada na Terra. Com Cypher (Will) machucado pelo pouso forçado, Kitai (Jaden) deve embarcar em uma jornada para salvar a si e seu pai, enfrentando uma paisagem habitada por espécies evoluídas que agora governam o planeta, além de uma criatura alienígena aparentemente impossível de ser detida. Num ambiente inóspito, pai e filho devem aprender a trabalhar juntos e a confiar um no outro, se quiserem escapar de um irreconhecível planeta Terra e retornar para casa.

Prelúdios

Com o título Histórias de fantasmas, os contos em formato digital antecedem cronologicamente o filme, e, ainda que estejam relacionados entre si, podem ser lidos de forma independente. Os lançamentos serão, respectivamente, A presa, Paz, O direito de nascer, Superação, O salvador e Reparação, escritos por Peter David - um dos roteiristas de maior prestígio no mercado de videogames, além de Michael Jan Friedman e Robert Greenberger. Os ebooks poderão ser adquiridos nas lojas virtuais que atuam no Brasil.
Em maio, mês que antecede o lançamento do filme, será publicado em livro o romance A fera perfeita, prelúdio da ficção científica escrita pelos mesmos autores dos e-books. Nele, é descrita a vida dos humanos no planeta Nova Prime, desde que a Terra foi abandonada. Em seu novo habitat, a humanidade vive séculos de paz graças aos eficientes sistemas defensivos, que haviam derrotado os alienígenas Skrel. No entanto, os mesmos invasores voltam a atacar os humanos no distante planeta, desta vez com o reforço de feras assassinas. Agora, o guerreiro Conner Raige deverá honrar sua condecorada linhagem familiar e proteger a espécie humana do extermínio.

Roteiro adaptado
Em junho, mês de estreia do longa, será lançada a versão literária do roteiro de Depois da Terra, também assinada pelo veterano Peter David a partir da adaptação do original criado pelo próprio M. Night Shyamalan, Gary Whitta e por Stephen Gaghan - roteirista e diretor de Syriana, que deu a George Clooney o Oscar de melhor ator coadjuvante.


Depois da Terra: Histórias de Fantasmas:

Num planeta distante chamado Nova Prime, as tropas do Corpo Unido de Guardiões defendem os últimos seres humanos da galáxia contra a ameaça dos alienígenas Skrel e seus predadores geneticamente desenhados, os Ursas. Mas um homem comum pode ter descoberto a chave da resistência final da humanidade: uma arma secreta guardada nas profundezas da própria mente. Histórias de Fantasmas: A presaé o primeiro de seis contos em formato digital que revelam alguns dos eventos que antecedem Depois da Terra, o épico filme de ficção científica dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado por Jaden Smith e Will Smith.

 A PRESA

Mesmo com tanto charme, beleza e habilidade no campo de batalha holográfico, Daniel Silver vive sem rumo pelas ruas da cidade de Nova Prime. Depois de pedir a namorada em casamento e ser rejeitado da maneira mais cruel, Daniel acaba aceitando uma proposta  inusitada. Sigmund Ryerson, um excêntrico magnata da indústria de energia, contrata Daniel para liderar uma expedição civil de caça a um Ursa, a fera devoradora de homens que ele só enfrentou em simulações. A excursão pode significar a morte de todos os participantes, isso se uma patrulha de Guardiões não os prender primeiro. Mas, quando o desejo de morte de Daniel quase se realiza, uma reviravolta do destino o leva a fazer uma descoberta que mudará sua vida... e a vida de todos em Nova Prime.

PAZ

Os pais de Kevin Diaz o criaram para ser um pacifista, e foi por isso que ficaram tão decepcionados quando Kevin se alistou nos Guardiões. Mas o jovem acredita que lutar pela paz vale a pena. E ele terá de combater ferozmente para sobreviver a uma investida inesperada dos Ursas. Enquanto o comandante Cypher Raige lança uma contraofensiva, Kevin chega a tempo de testemunhar o massacre dos companheiros e de civis, num pesadelo de sangue e terror. Subitamente, ele entende que ser um Guardião, ser até mesmo o melhor dos Guardiões, não é suficiente para enfrentar um inimigo que pode desaparecer a vontade, atacar com a velocidade de um raio e rasgar um homem em dois com um mero golpe. Kevin fez um juramento de preservar a raça humana, para fazê-lo, terá que seguir um caminho que poucos desbravaram.

O DIREITO DE NASCER

Após testemunhar a morte do marido num acidente horrível, resta apenas uma opção para Mallory McGuiness: continuar trabalhando. Os Guardiões têm seus deveres e responsabilidades. Mallory não passa de uma Guardiã comum até derrotar um dos invencíveis Ursas e perceber que é muito, muito mais. Infelizmente, o poder que poderá salvar a humanidade da extinção vem acompanhado de muitas perguntas e conflitos, e nada de garantias. Restam apenas escolhas impossíveis. Frustrada pelas missões irrelevantes que recebe, Mallory pensa em desrespeitar a cadeia de comando, levando suas queixas diretamente ao general comandante Cypher Raige. Mas ela controla o impulso por tempo suficiente para enfrentar o destino numa missão desértica na qual nada deveria dar errado... e tudo dá.

Cronograma de lançamento:
15/02 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – A presa
01/03 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – Paz
15/03 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – O direito de nascer
31/03 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – Superação
15/04 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – O salvador
01/05 - Depois da Terra: Histórias de Fantasmas – Reparação


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